Pesquisar:

terça-feira, 17 de maio de 2011

[ARTIGO] Paulo Freire e a Pedagogia da Libertação

Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921 em Recife e apesar de sua família fazer parte da classe média, Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Para o educador, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação de oprimidas e agir em favor da própria libertação. O principal livro de Freire se intitula justamente Pedagogia do Oprimido e os conceitos nele contidos baseiam boa parte do conjunto de sua obra.

Ele foi quase tudo o que deve ser como educador, de professor de escola a criador de idéias e "métodos". Tinha uma filosofia educacional que expressou-se primeiramente em 1958 na sua tese de concurso para a universidade do Recife, e, mais tarde, como professor de História e Filosofia da Educação daquela Universidade, bem como em suas primeiras experiências de alfabetização como a de Angicos - RN, em 1963. No ano seguinte, foi convidado pelo presidente João Goulart para repensar a alfabetização de adultos em âmbito nacional.
A coragem de pôr em prática um autêntico trabalho de educação que identifica a alfabetização com um processo de conscientização, capacitando o oprimido tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua libertação fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados. Foram dolorosos 16 anos de exílio mas também muito produtivos: uma estadia de cinco anos no Chile como consultor da Unesco no Instituto de Capacitação e Investigação em Reforma Agrária; uma mudança para Genebra, na Suíça em 1970, para trabalhar como consultor do Conselho Mundial de Igejas, onde desenvolveu programas de alfabetização para a Tanzânia e Guiné-Bissau, e ajudou em campanhas no Peru e Nicaraguá; em 1980, voltou definitivamente ao país, passando a ser professor da PUC-SP e da Univesidade de Campinas (Unicamp).

Paulo Freire delineou uma Pedagogia da Libertação, intimamente relacionada com a visão marxista do Terceiro Mundo e das consideradas classes oprimidas na tentativa de elucidá-las e conscientizá-las politicamente. As suas maiores contribuições foram no campo da educação popular para a alfabetização e a conscientização política de jovens e adultos operários, chegando a influenciar em movimentos como os das Comunidades Eclesiais de Base (CEB). Além da mudança metodológica que Paulo Freire trouxe para a educação, sobretudo a de adultos, outra mudança fez seu trabalho ainda mais importante. “Ele revolucionou filosoficamente a maneira como encaramos a educação, de simples ensinar, para uma forma de promover a liberdade do indivíduo”, conta o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

No entanto, a obra de Paulo Freire não se limita a esses campos, tendo eventualmente alcance mais amplo, pelo menos para a tradição de educação marxista, que incorpora o conceito básico de que não existe educação neutra. Segundo a visão de Freire, todo ato de educação é um ato político.

Por: Daniel A. dos Santos

Fontes:

http://www.projetomemoria.art.br/PauloFreire/index.jsp

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire

http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/mentor-educacao-consciencia-423220.shtml

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000200013

http://vidaeducacao.com.br/?p=871

Nenhum comentário:

Postar um comentário