Pesquisar:

domingo, 15 de maio de 2011

[ARTIGO] Aspectos Atuais da Educação Brasileira

Por Leonardo Rafael


É evidente que a Educação é o pilar para o desenvolvimento de um país. A economia e a política são importantes, mas elas só existem se houver pessoas que receberam uma educação adequada e que as preparasse para exercer seus cargos. Depois de muitos anos de república, verificamos que a Educação ainda está muito aquém do que deveria ser. A Lei é muito bem elaborada e é admirável, porém não é devidamente aplicada na prática.

O que deve ser feito é uma reestruturação da Educação, com o intuito de adequá-la à nova realidade da sociedade e fazer jus ao que está escrito na Constituição. Segundo o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), a Educação devia levar em consideração os aspectos filosóficos e sociais como fins e utilizar o método científico para por em prática. É necessário que haja um pensamento de cultura nacional própria, para que possamos pensar nos objetivos e fins da Educação.

Mas afinal, qual é a finalidade da Educação? Segundo a Lei Nº 9.394 (1996), sua finalidade é a de proporcionar, ao estudante, “seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. De fato, a sociedade se preocupa com a Educação dos filhos para que eles possam ter um trabalho no futuro, mas ela não deve formar máquinas voltadas apenas para o trabalho, ela tem que formar homens, cidadãos, vencer as barreiras impostas pelas classes sociais. A Educação tem que auxiliar no desenvolvimento natural do ser humano, despertando nele o espírito de disciplina, solidariedade e cooperação.

De uns tempos para cá, verifica-se que a Educação vem sofrendo um processo de descentralização. Em outras palavras, o Estado, que antes ficava a cargo do controle de todas as instituições educacionais, passou parte da responsabilidade para o governo estadual e municipal. A Lei é clara e diz que o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito, mas sabemos que ainda existem muitas pessoas que não possuem qualquer acesso à educação. Os princípios de obrigatoriedade, gratuidade e coeducação ainda são apenas metas a serem alcançadas.

A Educação no Brasil é formada pela Educação Básica e pela Educação Superior. A primeira visa a proporcionar a formação cidadã e fornecer os meios para progredir no trabalho, entretanto, verifica-se um grande déficit nas escolas de ensino básico nesses itens. No meio público, ausência de professores, alunos desinteressados, falta de verba são apenas alguns dos problemas enfrentados. Nas escolas particulares, muitos se preocupam apenas com a formação para o vestibular e se esquecem da formação da cidadã e do caráter do estudante, que é igualmente importante.

No tocante à Educação Superior, segundo o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932), cabia às universidades “criar e difundir ideais políticos, sociais, morais e estéticos”, porém essas instituições ainda não haviam ultrapassado os limites da formação profissional no período da Segunda República. A LDB de 1996 diz que a Educação Superior tem o objetivo de estimular o desenvolvimento científico e cultural dos estudantes, desenvolvendo atividades voltadas para a educação, pesquisa e extensão. Entretanto, não são todos que conseguem se ingressar no ensino superior (que é de extrema importância atualmente), muitos entram numa universidade com precariedades na Educação Básica e verifica-se que a evasão ainda é bastante presente.

A Educação brasileira já passou por diversas reformas e, aos poucos, ela está caminhando para o progresso. Vale salientar que essa caminhada ainda é longa e que deve ser dada importância à qualidade do ensino e da formação cidadã e profissional dos alunos e não se preocupar com quantidade, como anda sendo feito. Ainda falta muito para que a Educação esteja de acordo com os ideais universais da Lei, mas com todos juntos é possível fazer a Educação do Brasil ainda melhor.

Um comentário:

  1. Creio que daqui a alguns anos o Brasil chegará ao nível de países que são considerados desenvolvidos em termos educativos. Mas fica aqui uma dúvida: será que estamos seguindo para a evolução da inteligência ou apenas chegando a patamares que os americanos e europeus consideram como de países "inteligentes"? Porque, em primeiro lugar, a inteligência é algo completamente subjetivo... não posso nunca dizer que pessoas com baixo teste de QI são idiotas. Isso normalmente é atribuído a populações africanas. Porém esquecem de lembrar que o teste de QI foi criado por europeus e americanos, não por africanos. Se o texto fosse inverso, americanos e europeus teriam QI baixo, com testes africanos. Fica aí em aberto para uma discussão...

    ResponderExcluir