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sábado, 14 de maio de 2011

[ARTIGO] O Pragmatismo e John Dewey

Por: Rhudson Henrique

Esse senhor da foto ao lado é John Dewey. Ele foi um dos fundadores da escola filosófica conhecida como "Pragmatismo", em conjunto com outros dois pensadores: Charles Sanders Peirce e William James (Wikipedia, 2011). Durante a sua pós-graduação, teve interesse pela área da Filosofia, o que fez ele retornar ao convívio acadêmico para estudar esta disciplina, o que lhe rendeu o doutorado. Segundo algumas literaturas (Westbrook & Teixeira, 2010), a história seguiu o seguinte rumo: depois de um tempo como docente de filosofia na cidade de Michigan, publicou seu primeiro livro, Psychology, propondo um sistema que juntava a psicologia como estudo científico com a filosofia idealista alemã. À partir daí começou a trabalhar como professor de Filosofia Mental e Moral em Minnesota. Após a morte do mentor em 1889 ele retornou à Michigan, se tornando o chefe do departamento de filosofia. Depois da sua ida para Chicago, ele passou a liderar o departamento de Filosofia e o de Pedagogia. À partir de 1890 Dewey começou a adotar a visão do pragmatismo. Sua obra completa foi um marco para o século XX e engloba 37 volumes.

Por ter compromisso com a educação progressista e com políticas democráticas ficou sendo respeitado além de ser acusado de causar a fragilização da escolarização estadunidense. Dewey se preocupava com uma comunidade democrática e isso se associou com o pragmatismo. Para ele toda idéia, valores e as instituições sociais tiveram suas origens a partir de circunstâncias práticas da vida humana – não seria criação divina, nem reflexo de ideais. Todas as instituições e crenças deveriam ser submetidas a teste em contexto específico, a fim de saber em que ela contribuía para o bem pessoal e público. Todos estes testes não devem ser realizados de forma arbitrária, mas com hábitos científicos da mente. Um público maleável que tenha desenvolvido na sua inteligência métodos que ampliassem a capacidade de refletir de forma investigativa era a base da comunidade democrática (Westbrook & Teixeira, 2010).

Para Dewey a chave para o desenvolvimento intelectual seria a escolarização, principalmente em uma época onde instituições como o lar e a igreja estavam em queda. Ele tinha uma visão oposta ao do sistema fabril que dizia que o único papel dos estudantes era matéria-prima passiva que seria moldada pelos professores pelos métodos de ensino através de repetição e das disciplinas escolares desvinculadas do social.

Nesse contexto a melhor preparação para a democracia seria proporcionar oportunidades aos estudantes e aos professores de entrarem ativamente na vida democrática. A escola deveria assumir um papel participativo na transformação para uma melhor ordem social, com importante papel de eliminação de barreiras e distinções de classes. A sala de aula, no fim das contas, deveria ser um início de vida comunitária democrática, preocupada com a dignidade humana e com a inteligência científica pensada fora da escola.

Segundo Rodrigues (2011) o próprio termo 'pragmático' não é uma idéia originária do imaginário americano, pois na verdade foi sugerido por Kant, em um estudo que ele compara o pragmático com o prático (o primeiro teria base empírica, e o segundo seria com base nas leis morais que o próprio Kant considera como primordiais).


Referências:

Rodrigues, C.T. O desenvolvimento do pragmatismo americano - John Dewey. Disponível em http://universo.fvj.br/?p=1714. Acessado em 14 de maio de 2011.

Wikipedia. John Dewey. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Dewey. Acessado em 13 de maio de 2011.

Westbrook, R.B. & Teixeira, A. 2010. John Dewey. Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me4677.pdf. Acessado em 13 de maio de 2011.

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