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terça-feira, 5 de abril de 2011

[RESUMO] A sociedade e sua evolução

Por Mário Branco:

Os modos de organização social criados pelo homem surgiram da necessidade de sua adaptação ao ambiente e da perpetuação e sobrevivência de sua família. Sendo assim, o aprendizado tornou-se a forma majoritária de interação com o mundo. A forma de garantir essa sobrevivência está intrinsecamente relacionada ao desenvolvimento de instrumentos materiais e simbólicos que terão possibilidade de serem repassados às gerações futuras, havendo também relações de poder e divisão de trabalho dentro destas sociedades.

A sociedade nômade , sendo reconhecida como mais primitiva, tem como característica o intenso deslocamento da população, a qual está sempre à procura de regiões em que haja alimento em abundância. Existe o uso de instrumentos de caráter efêmero e os bens são divididos igualmente entre todos, não há propriedade privada.

Com o acúmulo de conhecimentos e descoberta de ambientes favoráveis, o homem passa a se especializar em certas atividades. Eis que surge a sociedade agrícola, onde ocorrem agrupamentos permanentes e surgimento de instituições para a passagem de conhecimentos. A necessidade da criação de bens duráveis torna-se evidente, além do surgimento de novas divisões do trabalho, agora também voltadas para a administração, devido ao constante crescimento da sociedade em um ponto fixo.

Neste contexto de crescimento e especialização da sociedade surgiram as posses, com elas começam a surgir aspectos como geração de excedentes, comércio e lucros. A partir deste momento surge a relação entre detentor de bens versus proletariado. O intenso desenvolvimento na ciência e tecnologia, contemporâneo ao renascimento, alavancou a revolução industrial e consequentemente a fixação definitiva do capitalismo, onde a contradição, entre melhora de condições de vida e exclusão social de grande maioria da população, estará regendo este tipo de sociedade.


4 comentários:

  1. Parabéns pelo resumo, Mário. Interessante falar sobre a contradição entre melhoria de vida e exclusão social. Andei pensando por aqui que o mundo atual não apresenta espaço pra todas as pessoas que querem trabalhar, e até as que tem condição para isso. Fato este pode ser visto em todas as regiões do país onde pessoas formadas, com doutorado, não conseguem arrumar emprego. Enquanto alguns conseguem entrar nas 2 ou menos vagas oferecidas por uma instituição de ensino superior no cargo de docente, o restante da turma, que pode variar na média dos 5-6 alunos formados, não terão essa chance, sendo excluídos socialmente. Muitas vezes o que ocorre é essas pessoas fazendo concurso público a torto e a direito, como o último concurso da urbana que teve inscrição até de pessoas com mestrado. Espero que o governo Dilma coloque mais vagas de emprego para professor, melhorando assim também a educação superior.

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  2. Excelente resumo, Mário. Bem lembrado, Rhudson, atualmente as pessoas tem que sempre procurar possuir um diferencial na sociedade, pois vivemos no momento da Revolução Científico-Informacional, com o desenvolvimento de novas tecnologias que nos permitem ter maior acesso à informação, gerando maior competição. É interessante observar no resumo do Mário a abordagem da questão da posse e das relações de poder, pois a natureza não era para ser de ninguém e chega a ser irônico como o ser humano conseguiu se apropriar da terra e estabelecer relações de poder. Com relação à exclusão social, esse realmente é um dos problemas enfrentados nas sociedade, principalmente em países subdesenvolvidos. Se isso vai melhorar, apenas com o tempo saberemos.

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  3. Concordando com os comentarios anteriores, um excelente resumo. A forma como aborda o contraste entre a melhoria de vida e a exclusão social é realmente bastante sagaz. É inegavel que esta realidade com a qual convivemos.

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  4. Oi Mário,

    Eu gostei do texto e também das discussões nos comentários. Embora hoje muito se comente em inclusão social, a nossa sociedade é excludente e a escola, sendo uma instituição social, também é excludente.

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